Cânion visto pela Trilha do Cotovelo |
É algo incrível como essa região é pouco conhecida pelas pessoas, mesmo contendo um dos principais Cânions do país - o Itaimbezinho. Em nossa incursão encontramos uma família de São Paulo que estava passando alguns dias em Gramado e contrataram um passeio até Cambará do Sul. Seus amigos nunca tinham ouvido falar nos Cânions de Cambará.
Mesmo aqui entre a gauchada, os cânions são pouco conhecidos e é comum que as pessoas pensem que um final de semana em Cambará do Sul (principalmente no inverno, alta temporada) custe uma pequena fortuna. Em parte é verdade, pode sair tão ou mais caro do que um final de semana em Gramado, por exemplo. Mas como eu sempre digo, tudo sempre depende do que e como você planejar. É possível fazer, por exemplo, o que nós fizemos: um bate-volta desde Porto Alegre que acabou nos custando menos de R$ 150,00. Sim, isso mesmo.
COMO CHEGAR
Saímos cedo de Porto Alegre, pouco antes das 7h. O caminho não pode ser mais simples: você sai da cidade via Cachoeirinha e nunca mais sai da estrada RS-020 até chegar em Cambará do Sul. São 185 km até Cambará e depois cerca de 18km até o Parque Aparados da Serra, onde está o Itaimbezinho. O trecho da rodovia entre POA e Cambará está em excelente estado de conservação, mas é de pista única, cheia de curvas e pequenas serras na altura de Taquara e São francisco de Paula que se abrem eventualmente - que naturalmente fazem você reduzir a velocidade para admirar. A estrada que leva de Cambará até a entrada do parque - a RS-427 - por outro lado, é de chão batido e, em boa parte do trajeto está muito mal conservada. Então prepare-se para uma viagem de pelo menos 3h30.
Entrada do Parque de Aparados da Serra |
É tranquilo também fazer um bate-volta partindo de Gramado (113km) ou saindo do litoral norte gaúcho. Tomando por referência Capão da Canoa, que é uma praia geograficamente central no litoral, são 116 km até Cambará do Sul (mapa) via Rota do Sol que por si só já vale um passeio. Pode ser uma excelente opção para quem está passando uns dias nas praias do litoral norte - principalmente vindos de outras regiões mais distantes do estado ou mesmo os argentinos que nos brindam com suas presenças no verão.
AS TRILHAS
Não existe estrutura de alimentação no Parque Aparados da Serra, portanto é necessário levar o que for comer e beber. Na sede administrativa do parque - que na opinião deste blog é muito mal aproveitada, existem bebedouros onde é possível recarregar garrafinhas de água. Mas é realmente importante destacar que é necessário carregar água ao passeio, já que é comum o sol "rachar" por lá, você vai caminhar, não existe fornecimento de água nas trilhas.
Se você tem dúvidas sobre o clima, vá muito bem agasalhado. Dependendo do dia, mesmo no inverno, é possível que esquente - inclusive porque você vai caminhar bastante. Mas é melhor usar um bom abrigo, ou roupas quentes e confortáveis da sua preferência e um bom tênis de caminhada.
Trilha do Vértice
Cascata das Andorinhas |
Início da Trilha do Vértice |
São apenas 1,4km de trilha entre ida e volta. A trilha é bem estruturada, a mata nativa é fechada na primeira parte da trilha criando um ambiente agradável e é calçada. Da trilha é possível ter uma visão frontal dos cânions, e das cascatas do Véu de Noiva e das Andorinhas.
Trilha do Cotovelo
Início da Trilha do Cotovelo |
Trilha do Cotovelo |
Tanto a Trilha do Vértice quanto a Trilha do Cotovelo são muito bem sinalizadas e seguras. Nosso filho tem 4 anos e caminhou 4 dos 6km numa boa. Só desistiu da caminhada já durante o caminho de volta. O Itaimbezinho ainda possui a Trilha do Boi, mas essa é feita percorrendo os cânions por baixo e fica para uma próxima vez.
Depois de nos despedirmos do Itaimbezinho e pegarmos o caminho de volta para casa, na saída do Aparados da Serra ao invés de retornar para Cambará, seguimos a RS-427 em direção ao litoral fazendo a descida pela Serra do Faxinal.
São pouco mais de 20km entre a entrada do Parque e a cidade de Praia Grande, em SC. Estes 20km são recheados de penhascos deslumbrantes e vistas incríveis. A estrada é de chão batido, possui trechos bastante íngremes de descida e curvas muito fechadas. Aventure-se se o dia estiver bonito, caso contrário torna-se perigoso e a visibilidade (que é o que vale!) não será boa.
O custo total desse passeio não chegou em R$ 150,00. Gastamos esse dinheiro em gasolina e na contribuição de R$20,00 que demos na entrada do parque (que por alguma razão não está cobrando ingresso atualmente). Levamos sanduíches e biscoitos assim como água e refrigerantes armazenados em um cooler em quantidade suficiente para passar o dia. Não computamos esses gastos com alimentação pois levamos de casa e se estivéssemos em casa, teríamos consumido da mesma forma (diferente do que se tivéssemos comido em restaurantes ou algo do tipo, já que então seria um gasto em função do passeio).
PS: Todas as fotos inseridas nesse material são de propriedade do Blog e não tem autorização para utilização comercial sem prévia autorização ou para outros fins pessoais sem o devido crédito.
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